Ao meu ex amor. Pra Sempre!










Hoje enquanto corria pela “time line” do facebook,  vi uma foto bem engraçada de um casal segurando  seus dois filhos de cabeça pra baixo, enquanto se beijavam.
Por alguns  segundos, senti uma imensa vontade de poder compartilhar aquela imagem com você, vontade de mandar um daqueles emails fofos dizendo: _Amor não é a nossa cara? Afinal ela é a nossa cara, ou melhor, a cara da nossa tão sonhada família. 
De volta a realidade, me ocorreu que você poderia estar compartilhando aquela mesma imagem com outro alguém, em algum lugar desse seu mundinho aí, tão ausente e distante do meu.
Senti uma leve dorzinha apertando o coração...  Doeu, e eu nem sei explicar o porquê, ou até quando essa dorzinha vai dar as caras por aqui.

São tantas coisas que eu vejo, ouço, sinto e quando percebo ta lá aquela vontadezinha de te ligar, te cutucar, contar como foi o meu dia, saber como foi o seu. 
Sim, já me familiarizei com as tantas crônicas, textos e livros de “desapego” que eu leio aleatoriamente, já joguei fora tantas “bugigangas”, presentes e afins que vieram de você. Até aquele anel de “noivado” que eu tanto queria, foi embora na descarga do escritório semana passada.
Mas eu fico aqui, a me perguntar, porque não me livrar de uma vez por todas, de todas essas recordações e sonhos que pintamos no nosso quadro de felizes pra sempre?
Não, não é tão simples assim.



É. De um tempo pra cá, eu tenho me socializado mais, saio com amigos, às vezes jantar fora, vou ao teatro, tomo um café no paço, e até aderi o antigo hábito de ir sozinha ao cinema.

Mas confesso que sinto saudades de quando esse EU era NÓS.


As vezes eu me olho no espelho, conto até dez e grito: _Engole esse choro menina, você não pode chorar! 
Mas confesso que ás vezes eu choro, e não consigo estancar essa avalanche de pensamentos, sentimentos e lembranças que desmoronam dentro de mim. 
Choro, por que acho cruel essa coisa de sofrer calada e sorrir amarelo quando se quer cair aos prantos (Salve Nathali Macedo!).
Eu choro, por que eu ainda consigo distinguir o cheiro do seu perfume em qualquer lugar do universo, ele se destaca, e a propósito ele só combina com você.
Não é fácil ouvir “Daughters”, sem ter em mente nossas caras inchadas de sono às oito e quinze da manhã. Ela era a nossa trilha sonora, a calma pra suportar o maldito transito que sempre me irritava.
É eu viajo com todas essas recordações...

Mas calma aí! Isso não é uma lástima, lamúria, um volta pra mim ou algo do gênero.
A vida, ela segue exatamente como deve seguir, partidas são convenientes, e no nosso caso além de conveniente, necessária.
Sem dar extensões aos motivos ou causas.

Hoje tudo que carrego comigo é o nosso eterno PRA SEMPRE.
Pra sempre é tudo aquilo que você vive por um período, pode ser por apenas alguns segundos, mas que se eterniza na sua mente." (Isabela Freitas).

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