Nunca fui do tipo de pessoa que se incomodava em correr atrás. Acredite, está tudo bem correr atrás, sim. O problema surge quando alimentamos o ego dos outros sem limites, porque isso cansa e acaba deixando a pessoa mal-acostumada. Já fui atrás tanto quando estava certo quanto quando estava errado – isso acontece com todo mundo. Mas a questão é que muitos querem perdão, segundas chances, oportunidades de mudar, mas nunca estão dispostos a oferecer o mesmo em troca.
É fácil perceber quando o interesse do outro começa a desaparecer. Fingir que não está acontecendo nada só te faz perder tempo. A pessoa para de demonstrar o cuidado, a fofura, e aquele jeito carinhoso com que te tratava. As mensagens no WhatsApp, os comentários no Facebook, e até as interações presenciais vão ficando mais frias. Aos poucos, ela te trata como qualquer um, e quando isso acontece, correr atrás é como tentar alcançar uma multidão – e ninguém quer ser só mais um. Queremos ir atrás de quem nos espera de braços abertos, seja do outro lado da mesa ou do outro lado do mundo.
Mas, em certas situações, a melhor escolha é o silêncio e a saída de cena. Deixe que o tempo faça o trabalho de colocar cada coisa em seu devido lugar.
Não caia na armadilha de pensar que, se fosse para valer a pena, não seria necessário correr atrás. Tem gente que vale, e muito. E às vezes, por bobeira, deixamos passar. Não vivemos em um conto de fadas e, sinceramente, ninguém é perfeito.
O importante é não se prender às armadilhas do ego. Relações humanas são troca. Ninguém deve apenas dar – é preciso haver reciprocidade, uma troca genuína de energia. O universo funciona assim. Não adianta um querer se abrir e o outro não. No fim das contas, o que realmente precisamos é de mais reciprocidade.
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