Não existe amor em Buenos Aires




 Na vastidão da imensa Buenos Aires, ele mergulhou na dança das ruas e no ritmo pulsante das noites latinas. Tudo era novo, excitante, um mundo à parte de sua São Paulo. Na primeira noite na cidade, a música o envolveu numa espiral de sensações, levando-o a uma boate onde o calor humano era palpável e as batidas latinas ecoavam no ar.

Foi lá que seus olhares se encontraram, em meio à multidão animada. Um trio misterioso, cujos olhos pareciam conhecê-lo além das palavras. E entre os três, um em especial, cujo olhar era uma promessa de algo mais.

No calor daquele momento, no breve encontro pelos corredores, os corpos se aproximaram, guiados pela urgência do desejo mútuo. Beijaram-se intensamente, cada toque carregado de uma eletricidade inebriante.Números de telefone e perfis de Instagram foram trocados num instante fugaz, antes que se perdessem novamente na agitação da noite.

Mas o destino, ou talvez a atração irresistível entre eles, os uniu novamente. Uma segunda vez, um reencontro marcado pela intensidade dos toques e pela urgência do desejo. Naquela noite, sob as estrelas argentina em plena avenida Callao, encontraram-se em um abraço ardente, cada carícia uma promessa de mais assim que chegassem em Palermo.

E assim, no calor da paixão, ele se viu envolvido em sua história, esperançoso por um futuro incerto, onde o romance poderia florescer. Mas a luz da manhã trouxe consigo a dura realidade: ele não era o único na vida daquele homem sedutor. Naquele caminho de volta ao hotel que estava hospedado, entre suspiros e silêncios constrangedores, a verdade veio à tona.

Ele era apenas mais um capítulo na vida de outro, uma nota breve em sua sinfonia de encontros casuais. E assim, entre as ruas de Buenos Aires, uma história de sedução se desfez na realidade fria da manhã seguinte. Um encontro fugaz, uma lembrança ardente, mas no final das contas, apenas mais uma página virada no livro das paixões efêmeras.

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