Noite no igrejinha


 

Naquela noite, o clima estava perfeito para o nosso segundo encontro. O bar chamado Igrejinha tinha uma atmosfera convidativa, e ao chegar, lá estava ele, esperando do lado de fora com duas cervejas na mão. Seus olhos brilhavam ao me ver, e um sorriso sincero iluminava seu rosto. Sentamos em um banco do lado de fora, aproveitando o momento enquanto terminávamos nossas cervejas, já que não era permitido entrar com bebidas lá dentro.

Conversamos sobre diversos assuntos, rindo e trocando olhares que diziam mais do que palavras. A conexão entre nós era palpável. Quando finalmente acabamos nossas cervejas, entramos no barzinho. A iluminação baixa criava um ambiente intimista, perfeito para a nossa noite. Pedimos um drink – vodka com energético – e começamos a conversar mais a fundo.

Enquanto ele falava, seus dedos deslizavam suavemente pelos meus braços, provocando arrepios que percorriam todo o meu corpo. A proximidade aumentava a intensidade do desejo que já estava presente desde o primeiro encontro. De repente, como se fosse a coisa mais natural do mundo, começamos a nos beijar. Beijos longos e intensos que nos faziam esquecer de tudo ao redor.

Perdidos naquele momento, horas se passaram entre beijos e goles de drinks duvidosos. A química entre nós era inegável, e o tesão que sentíamos era incontrolável. Decidimos ir para o "confessionário" uma área mais reservada do bar, onde a intimidade poderia ser explorada sem interrupções. Ali, nos entregamos um ao outro com uma intensidade que nos consumia.

Depois, fomos para um motel, onde finalizamos o que havíamos começado. A conexão não era apenas física, mas algo mais profundo, uma troca genuína de desejos e sentimentos. Terminei a noite dormindo no peito dele, sentindo uma paz que há muito não experimentava.

No entanto, a lembrança de suas palavras no nosso primeiro encontro continua a assombrar meus pensamentos. Ele havia mencionado que não acreditava se encaixar em um relacionamento à distância, já que somos de cidades diferentes (mesmo que próximas), ou talvez que não estivesse pronto para algo mais profundo no momento. Essa incerteza agora me atormenta, pois, ao contrário dele, eu quero mais do que encontros casuais. Quero alguém com quem possa construir algo mais sólido.

Estou dividido entre insistir nesse desejo, esperando que ele mude de ideia, ou aceitar que talvez o que tivemos foi apenas um momento intenso, mas passageiro. A noite foi inesquecível, e a troca foi tão genuína e safada que não consigo parar de pensar nele. Mas a dúvida persiste: devo continuar me envolvendo e correr o risco de me machucar, ou encerrar isso de vez para proteger meu coração? 

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