Amor de verdade não se convence, não se implora e muito menos se conquista à força. Ele simplesmente acontece – naturalmente. Se não for assim, talvez seja a hora de repensar o que você está buscando.
Vou contar uma história que mudou minha visão sobre relacionamentos. Conheci um cara incrível através de amigos em comum. Vamos chamá-lo de Santiago. Ele era o tipo de pessoa que qualquer um notaria: inteligente, bem-humorado, e tinha aquela presença marcante. Depois de dois encontros, achei que tínhamos uma conexão real, algo que poderia se transformar em algo maior. Mas, para minha surpresa, ele não via as coisas da mesma maneira.
Naquele momento, minha cabeça girou. Como assim? Não podia ser verdade. Eu tinha certeza de que havia algo entre nós e, de algum modo, precisava mostrar isso a ele. A partir daí, comecei uma jornada sem fim de tentativas para reconquistar o que nunca foi meu de fato.
Foram meses assim: esbarrando com ele em festas, lançando olhares, vivendo momentos que, na minha cabeça, tinham significado. E toda vez que eu achava que algo estava prestes a mudar, o silêncio dele retornava, me deixando no vazio. Eu não entendia – se havia conexão, química, risadas... por que não dava certo?
A resposta veio mais tarde, mas não da maneira que eu esperava. Em um desses encontros casuais, finalmente caiu a ficha: o problema não era ele, era eu. Eu estava insistindo em algo que não existia. E pior, estava fazendo isso porque não me sentia suficiente por mim mesma. Coloquei nas mãos dele a responsabilidade de validar meu valor.
Eu precisei de muitas decepções para perceber que, quando alguém não nos quer, não há maquiagem, charme ou esforço que mude isso. E, sinceramente, não deveria ser o nosso papel tentar. Porque quando você se valoriza, entende que o amor não precisa ser conquistado com suor e lágrimas. Ele chega de forma leve, quase como se tivesse sempre estado ali.
Aprendi que, por mais doloroso que seja no começo, deixar ir é a única forma de abrir espaço para algo melhor. Não adianta se prender à ideia do que “poderia ter sido”. O que importa é o que é. E se ele não quer estar com você agora, siga em frente. Alguém que realmente te valorize não vai precisar ser convencido disso.
Deixar ir é um ato de amor-próprio. E acredite, quando você finalmente soltar aquilo que não te faz bem, vai encontrar o que realmente merece.
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